terça-feira, 9 de outubro de 2012

terça-feira, 9 de outubro de 2012


NICOLAU DE LYRA

FRANCISCANISMO

ESCOLÁTICOS EM DEFESA DA IMACULADA CONCEIÇÃO
Vamos nos dirigir novamente à primitiva sala de aula no térreo deste nosso Convento de Nossa Senhora das Neves de Olinda, que durante 200 anos foi escola de Filosofia dos frades da Antiga Província. A Biblioteca Pública ficou nesta sala do Convento de 1822 a 1884. "Para ninguém supor que os frades de então tivessem cedido de propósito alguma sala imprópria para os livros dos cursos jurídicos, queremos explicar que a sala em apreço era a única disponível na parte térrea, poupando aos consulentes o trabalho de subir escada. Mede a sala 13,15 m de cumprimento, quase igual às dimensões da biblioteca do Convento com 11,50 m por 9,30 m.

Nos anos anteriores, a mesma sala tinha servido de aula de Filosofia, como ainda hoje lembram os belos quadros de pintura bem conservados do teto..."

Assim consta num escrito do Arquivo Conventual.

Na década de 1950, funcionou como Capela, com o SS. Sacamento.

É que os religiosos transferiram a Capela do andar superior para a primitiva sala de aula em vista de ser mais ventilada. Aí passaram a rezar o Divino Ofício, a fazer a meditação, a celebrar a santa missa, e os demais exercícios espirituais da Comunidade.
O mesmo escrito por nós consultado, elenca os painéis do teto:.

1. Cardeal S. Boaventura, chamado Doctor Seraphicus.
2. Alexandre de Hales, Doctor Irrefragabilis, mestre de S. Boaventura.
3. Guilherme de Ockam, Doctor Invencibilis, nominalista.
4. Duns Scotus, Doctor Subtilis, especial defensor da Imaculada Conceição.
5. Raymundus Lulus, Doctor Iluminatus, da Ordem Terceira.
6. Nicolaus Lyra, Doctor Planus et Utilis, , fundador da Escola Expositiva.
7. Card. Arceb. Petrus Aureolus, Doctor Facundus.
Passemos, agora, especialmente para

NICOLAUS   DE LYRA





Mais uma vez recorro à Internet para completar meus dados sobre os filósofos franciscanos que defenderam a Imaculada Conceição.
Nicolaus de Lyra (1270-1349), ou Lirano, da Ordem dos Frades Menores, nasceu em Lyra. Foi professor de Teologia em Paris e chamado doctor planus ou doctor utillis. Ele não admitia como canônicos os livros Deuterocanônicos. Sua importância como exegeta consistiu em que ele reconheceu corretamente a distinção entre o sentido literal e o sentido místico, e o levou à prática. Esclareceu quase toda a Sagrada Escritura. Sua Postilla Litteratis exerceu grande influência. Ele foi o melhor exegeta da Idade Média tardia, e o elo de união entre a Exegese da Idade Média e dos novos tempos. Ele foi uma natureza profundamente piedosa e toda penetrada do ideal de Francisco de Assis no amor a Cristo, na humildade, no trabalho e na submissão ao magistério da Igreja. (Lexicon Für Theologie und Kirche, Fribourg: 1962). Obras: Postilla Litteralis et Moralis; Tractatus de Differentia nostrae Tramslatinis ab Hebraica Littera Veteris Testamenti; Probatio Adventus Christi; Responsio ad Quemdam Judeum; De Visione Beatifica; Oratio Seu Contemplatio ad Honorem S. Francisci; Commentariuus in sententias Petri Lombardi. Doctor Planus. Regente em Paris, insigne escriturista, autor das Postillas Perpetuas in Universam Sacram Scrituram, obra que exerceu grande influência; escreveu também vários tratados dirigidos aos hebreus (IRIARTE, Lázaro OFM. História Franciscana. Petrópolis: Vozes/CEFEPAL, 1995. (Estudos Franciscanos. p. 203). Segundo Gemelli “o pensamento franciscano assinalou sua entrada na literatura informativa e divulgativa do século XVI com o Postilla Perpetuae in Universam Sacram Scrituram e com o Repertorium Super Bibliam de Nicolau de Lyra o doutíssimo exegeta normando, docente da Sorbonne, tão conhecido, que dele se dizia: Si Lyranus non lyrasset, totus mundus delirasset...” (GEMELLI, Frei Agostinho. O Franciscanismo. Petrópolis, Vozes, 1944. 468 páginas. p. 121).Retornaremos ao assunto.





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