DOCUMENTO SOBRE BENFEITORES INSIGNES
DA PROVÍNCIA FRANCISCANA DE SANTO ANTÔNIO
DO BRASIL
“Ministro da Província de Santo Antônio do Brasil
e humilde servo no Senhor.
É próprio da gratidão religiosa reconhecer a generosidade dos benfeitores quer confessando seus benefícios, quer principalmente retribuindo-lhes com dádivas espirituais; como, pois, o cargo de nossa caridade para com a pobre Ordem dos Frades Menores costuma protegê-la nas dificuldades, estimulá-la na prosperidade, ampará-la na indigência, nós, lembrados de tantos benefícios e querendo manifestar a nossa gratidão para convosco, implorando a clemência de Nossa Senhor Jesus Cristo e os méritos de nosso Seráfico Pai São Francisco, pelo presente documento, vos admitimos e recebemos entre os nossos confrades [destaque nosso], para que possais participar plenamente de todos os méritos que na Província de Santo Antônio dos Frades Menores de nosso Pai São Francisco são adquiridos, dia e noite, pelos Frades e por todos que estão sujeitos a nossa jurisdição, com sufrágios, missas, meditações, pregação, Missões e outras obras pias.
E assim rogamos ao Pai das Misericórdias, pelos méritos de nosso Pai São Francisco, se digne confirmar no céu esta nossa união a qual desejamos que seja firme.
Em nome do Pai, e do Filho e do Espírito Santo.”
Obs.: Copiei de um original escrito a mão que encontrei solto no Arquivo Provincial. Sem data, sem o nome do M. Provincial.
Ao que parece, trata-se de um rascunho. Deve haver em alguma pasta o texto definitivo. Sabemos que é de uma época em que Deus é tratado como Pai e não Padre.O texto original que me serviu para esta cópia, coloquei na pasta de Penedo no Arquivo Provincial.
Trata-se de importante documeno sobre o costume de conferir a alguém, homem ou mulher, a prerrogativa de ser considerado “Confrade”, com direito aos bens espirituais das Comunidades Franciscanas da Província de Santo Antônio. É bem possível que seja da década de 1950, ocasião em que se conferiu ao Dr. Anfrísio Ribeiro, de Penedo, o título de “Frade Franciscano”. O Ministro Provincial pode ter sido então Frei Vicente Senge (1º mandato, 1952).
terça-feira, 30 de abril de 2013
segunda-feira, 29 de abril de 2013
IRMÃ CONFRADE - IRMÃO CONFRADE

Em seu livro “O Convento de Santo Antônio do Recife”, à página 116, registra Frei Bonifácio Mueller:
Na Capela de Nossa Senhora da Piedade, no ano de 1846, abriram uma sepultura “a pedido da nossa caríssima Irmã Confrade D. Francisca Tomásia da Conceição” que deu de esmola 500 $000.
Que significa “Irmã Confrade”? Sabemos que havia também “Irmão Confrade”.
A benfeitores insignes, era costume na Ordem Franciscana conferir a alguém o titulo honorífico de “Irmão Confrade”, “Irmã Confrade”.
Em Penedo, na década de 1950, sabemos que o Governo da Ordem, conferiu ao ilustre médico Dr. Anfrísio Ribeiro, esposo de Dona Noélia, o título de “Frade Franciscano”: foram-lhe entregues as chaves do Convento de Nossa Senhora dos Anjos. Em carta, cheia de humildade, expressa a gratidão pelo insigne privilégio.
Muitas vezes ele foi visto em profunda oração na igreja do Convento em horários em que a Casa religiosa era fechada ao público.
Na pasta de Penedo do Arquivo Provincial há várias cartas do Dr. Anfrísio sobre a saúde de Frei Bernardo Kolbeck, de Frei Mateus Maas, de Frei Herculano Sousa...
Frei Bernardo foi levado para sua casa pois Dr. Anfrísio e Dona Noélia achavam que no Convento não havia condições de tratá-lo como convinha.
domingo, 28 de abril de 2013
PROVÍNCIA FRANCISCANA DE SANTO ANTÔNIO DO BRASIL CONSPECTO HISTÓRICO (5)
DECADÊNCIA DAS ORDENS RELIGIOSAS NO BRASIL –
Por Decreto da Congregação dos Bispos e Religiosos de 27 de março de 1886, abolido o privilégio de isenção, os sobreviventes das Ordens (não somente franciscanos) foram sujeitos à autoridade dos Bispos.
Já desde 1884, o último Ministro Provincial Frei Antônio de São Camilo de Lélis Carvalho (natural das proximidades de Prolpriá (SE), havia insistido, junto ao Ministro Geral, em que a Província fosse restaurada por confrades da Europa.
Assim aconteceu que aos 12 de dezembro de 1889, fosse confiada à Província Saxônica da Santa Cruz a assim chamada Missão da Bahia.
Aos 27 de dezembrode 1892, os novos confrades da Europa Chegaram ao Convento de São Francisco de Salvador (Bahia). Tendo sido realizada a 2 de março de 1893 a Congregação Capitular dos antigos e novos Frades, quando ficou decretada e iniciada a reforma e renovação da Província de Santo Antônio.
Finalmente, aos 14 de setembro de 1901, o Vigário Geral da Ordem Padre David Fleming publicou o Decreto peloqual a antiga Província surgiu dos mortos.
Das suas Casas, 14 foram restauradas poço a pouco; e 5 entregues (Paraíba, Igaraçu, Alagoas, Paraguaçu e Boa Viagem.
Outras Casas foram fundadas, a saber: Pesqueira (1902), Igreja nova (1905),João Pessoa (São Pedro, 1911), outra na mesma cidade: Rosário (1920), Canindé (1922), Fortaleza (1929), Aracaju (1934), Itajuípe (Ex-Pirangi, Bahia, 1935), Campo Formoso (Bahia, 1938), Mossoró (R.G.N., 1941), Campina Grande (PB, 1944), Maceió (1964) e João Pessoa (Cruz das Armas, 1967).
Acrescentaram-se, além das Casas acima mencionadas, o Colégio de Bardel (Alemanha) em 192, o Colégio Seráfico de Ipuarana (Lagoa Seca, PB) em 1940, e as Escolas Apostólicas de Tianguá (CE, 1940) e de Triunfo (PE, 1944, inaugurada em 1947).
No ano de 1951, fundou-se a residência de Santo Antônio em Brotas (Salvador, BA) ao lado da Casa de Retiro São Francisco, construída e dirigida pelos nossos confrades.
No ano de 1960, obtida a aprovação da Cúria Romana e com o consentimento da Província da Saxônia. Foi fundada em Mettingen (Alemannha) mais uma residência nossa com a finalidade de abrir uma Escola Vocacional para adultos.
No de 1951, precedida a convenção entre a nossa Província e a Província da Saxônia, desmembrou-se do território da nossa os Estados do Piauí e Maranhão, confiando-os à Província da Saxônia.
De 1907 até 1956 a Província administrou a Prelazia de Santarém (Estado do Pará). Neste tempo fundou 6 Casas, a saber: Santarém (1907), Óbidos (1909), Monte Alegre (1910), Alenquer (1930), o Ginásio Dom Amando (Santarém, 1944) entregue a poutra administração em 1951 e Oriximiná (1948).
No Congresso do Definitório Geral em 1956, o Comissariado de Santarém foi dividido em dois Comissariados: o de Santarém, entregue à Província do Sagrado Coração de Jesus da América do Norte, e o de Óbidos, com as Casas de Óbidos, Alenquer e Oriximiná, entregue a nossa Província, a qual ainda abriu uma Casa em Belém do Pará (1955).
Também nossa Missão entre os índios Mundurucu, no Rio Cururu, fundada em 1911, foi entregue ao Comissariado de
Santarém em 1961, continuandomali dois Missionários, Frei Plácido e Frei Edmundo, na catequese daquela tribo, tendo a Província iniciada outra Missão entre os Tirió em 1960, na Prelazia de Óbidos, elevda a Residência aos 28 de dezembro de 1964.
Por vários motivos se fecharam as Casas de João Pessoa- Cruz das Armas (1973), Tianguá (1973), Igreja Nova (1975) e João Pessoa-São Pedro 1976).
Desde o Capítulo de 1979, São Francisco do Conde com as Paróquias de Madre de Deus e Candeias pertence ao Convento Regional de Salvador.
***
O Concílio Vaticano II promoveu uma grande reforma na Igreja. A Província Franciscana de Santo Antônio achou por bem fechar o Seminário e as Escolas Apostólolicas, renovando a sua pastoral vocacional.
Temos hoje, em cada Estado do Nordeste as equipes vocacionais, empenhadas em envolver na promoção vocacional todas as Paróquias confiadas aos Franciscanos.
Uma grande esperança de que a comemoração dos 800 Anos do Carisma Franciscano impulsione mais ainda a promoção vocacional, não somente em termos de aumento numérico, mas sobretudo em termos de qualidade.
CONCLUÍDO.
DECADÊNCIA DAS ORDENS RELIGIOSAS NO BRASIL –
Por Decreto da Congregação dos Bispos e Religiosos de 27 de março de 1886, abolido o privilégio de isenção, os sobreviventes das Ordens (não somente franciscanos) foram sujeitos à autoridade dos Bispos.
Já desde 1884, o último Ministro Provincial Frei Antônio de São Camilo de Lélis Carvalho (natural das proximidades de Prolpriá (SE), havia insistido, junto ao Ministro Geral, em que a Província fosse restaurada por confrades da Europa.
Assim aconteceu que aos 12 de dezembro de 1889, fosse confiada à Província Saxônica da Santa Cruz a assim chamada Missão da Bahia.
Aos 27 de dezembrode 1892, os novos confrades da Europa Chegaram ao Convento de São Francisco de Salvador (Bahia). Tendo sido realizada a 2 de março de 1893 a Congregação Capitular dos antigos e novos Frades, quando ficou decretada e iniciada a reforma e renovação da Província de Santo Antônio.
Finalmente, aos 14 de setembro de 1901, o Vigário Geral da Ordem Padre David Fleming publicou o Decreto peloqual a antiga Província surgiu dos mortos.
Das suas Casas, 14 foram restauradas poço a pouco; e 5 entregues (Paraíba, Igaraçu, Alagoas, Paraguaçu e Boa Viagem.
Outras Casas foram fundadas, a saber: Pesqueira (1902), Igreja nova (1905),João Pessoa (São Pedro, 1911), outra na mesma cidade: Rosário (1920), Canindé (1922), Fortaleza (1929), Aracaju (1934), Itajuípe (Ex-Pirangi, Bahia, 1935), Campo Formoso (Bahia, 1938), Mossoró (R.G.N., 1941), Campina Grande (PB, 1944), Maceió (1964) e João Pessoa (Cruz das Armas, 1967).
Acrescentaram-se, além das Casas acima mencionadas, o Colégio de Bardel (Alemanha) em 192, o Colégio Seráfico de Ipuarana (Lagoa Seca, PB) em 1940, e as Escolas Apostólicas de Tianguá (CE, 1940) e de Triunfo (PE, 1944, inaugurada em 1947).
No ano de 1951, fundou-se a residência de Santo Antônio em Brotas (Salvador, BA) ao lado da Casa de Retiro São Francisco, construída e dirigida pelos nossos confrades.
No ano de 1960, obtida a aprovação da Cúria Romana e com o consentimento da Província da Saxônia. Foi fundada em Mettingen (Alemannha) mais uma residência nossa com a finalidade de abrir uma Escola Vocacional para adultos.
No de 1951, precedida a convenção entre a nossa Província e a Província da Saxônia, desmembrou-se do território da nossa os Estados do Piauí e Maranhão, confiando-os à Província da Saxônia.
De 1907 até 1956 a Província administrou a Prelazia de Santarém (Estado do Pará). Neste tempo fundou 6 Casas, a saber: Santarém (1907), Óbidos (1909), Monte Alegre (1910), Alenquer (1930), o Ginásio Dom Amando (Santarém, 1944) entregue a poutra administração em 1951 e Oriximiná (1948).
No Congresso do Definitório Geral em 1956, o Comissariado de Santarém foi dividido em dois Comissariados: o de Santarém, entregue à Província do Sagrado Coração de Jesus da América do Norte, e o de Óbidos, com as Casas de Óbidos, Alenquer e Oriximiná, entregue a nossa Província, a qual ainda abriu uma Casa em Belém do Pará (1955).
Também nossa Missão entre os índios Mundurucu, no Rio Cururu, fundada em 1911, foi entregue ao Comissariado de
Santarém em 1961, continuandomali dois Missionários, Frei Plácido e Frei Edmundo, na catequese daquela tribo, tendo a Província iniciada outra Missão entre os Tirió em 1960, na Prelazia de Óbidos, elevda a Residência aos 28 de dezembro de 1964.
Por vários motivos se fecharam as Casas de João Pessoa- Cruz das Armas (1973), Tianguá (1973), Igreja Nova (1975) e João Pessoa-São Pedro 1976).
Desde o Capítulo de 1979, São Francisco do Conde com as Paróquias de Madre de Deus e Candeias pertence ao Convento Regional de Salvador.
***
O Concílio Vaticano II promoveu uma grande reforma na Igreja. A Província Franciscana de Santo Antônio achou por bem fechar o Seminário e as Escolas Apostólolicas, renovando a sua pastoral vocacional.
Temos hoje, em cada Estado do Nordeste as equipes vocacionais, empenhadas em envolver na promoção vocacional todas as Paróquias confiadas aos Franciscanos.
Uma grande esperança de que a comemoração dos 800 Anos do Carisma Franciscano impulsione mais ainda a promoção vocacional, não somente em termos de aumento numérico, mas sobretudo em termos de qualidade.
CONCLUÍDO.
PROVÍNCIA FRANCISCANA DE SANTO ANTÔNIO DO BRASIL
CONSPECTO HISTÓRICO (4)
DECADÊNCIA DAS ORDENS RELIGIOSAS NO BRASIL – Desde o século XVIII as Ordens Religiosas no Brasil sofriam grande repressão por parte do poder régio.
Os franciscanos da Custódia se haviam regido pelos estatutos e regulamentos missionários aprovados pela Província-mãe. O primeiro Capítulo Provincial de 1659 estabeleceu a elaboiração de estatutos provinciais próprios, os quais, ao que parece, nunca se puseram em prática devido a discórdias internas, até que, em 1705, entraram em vigor os estatutos compilados por Frei Cosme do Espírito Santo.
Etrementes, a Província alcançara de Inocêncio XI o privilégio de receber os Visitadores de entre os seus próprios filhos, extinguindo-se destarte as perturbações até então experimentadas (1688).
O mesmo Papa transferiu o Provincialado de Olinda para Salvador, entrando o respectivo Breve em vigor em 1691, ocasião do Capítulo celebrado na Bahia.
Em 1941, a Cúria Geral de Roma aprovou a transferência do Provincialado de Salvador para o Recife.
No tempo da constituição da Custódia em Província, um decreto régio estabeleceu que não houvesse mais de 200 frades na Província.
Mas em 30 de janeiro de 1764, sob a responsabilidade de Pombal, foi publicado o Decretoi Régio, sob o qual ficou estritamente proibida a admissão de Noviços durante 14 anos. Se bem que, com autoridade régia, fossem recebidos algumas vezes, Noviços em maior número, havia, a 06 de maioi de 1801 apenas 158 religiosos.
Em virtude de novas concessões, o número pôde ser aumentado, até 1845, a 227 religiosos.
No mesmo ano de 1845, um Decreto de Pedro II proibiu a admissão de Noviços à Ordem, sem licença especial do Governo. Esse decreto foi interpretado a 19 de maio de 1855 no sentido de que ficava absolutamente proibido admitir Noviços, até que uma Concordata tivesse sido celebrada entre o Império do Brasil e a Santa Sé.
Como esta condição nunca se realizasse, o número de religiosos diminuía depressa.
Mas o golpe de morte foi o Decreto de D. Pedro II em 1845 proibindo a admissão de noviços. Com isto, os Conventos foram fechando por falta de frades. Ao chegar a República, havia apenas 9 franciscanos no Brasil, 8 no Nordeste e 1 no Sul.
CONSPECTO HISTÓRICO (4)
DECADÊNCIA DAS ORDENS RELIGIOSAS NO BRASIL – Desde o século XVIII as Ordens Religiosas no Brasil sofriam grande repressão por parte do poder régio.
Os franciscanos da Custódia se haviam regido pelos estatutos e regulamentos missionários aprovados pela Província-mãe. O primeiro Capítulo Provincial de 1659 estabeleceu a elaboiração de estatutos provinciais próprios, os quais, ao que parece, nunca se puseram em prática devido a discórdias internas, até que, em 1705, entraram em vigor os estatutos compilados por Frei Cosme do Espírito Santo.
Etrementes, a Província alcançara de Inocêncio XI o privilégio de receber os Visitadores de entre os seus próprios filhos, extinguindo-se destarte as perturbações até então experimentadas (1688).
O mesmo Papa transferiu o Provincialado de Olinda para Salvador, entrando o respectivo Breve em vigor em 1691, ocasião do Capítulo celebrado na Bahia.
Em 1941, a Cúria Geral de Roma aprovou a transferência do Provincialado de Salvador para o Recife.
No tempo da constituição da Custódia em Província, um decreto régio estabeleceu que não houvesse mais de 200 frades na Província.
Mas em 30 de janeiro de 1764, sob a responsabilidade de Pombal, foi publicado o Decretoi Régio, sob o qual ficou estritamente proibida a admissão de Noviços durante 14 anos. Se bem que, com autoridade régia, fossem recebidos algumas vezes, Noviços em maior número, havia, a 06 de maioi de 1801 apenas 158 religiosos.
Em virtude de novas concessões, o número pôde ser aumentado, até 1845, a 227 religiosos.
No mesmo ano de 1845, um Decreto de Pedro II proibiu a admissão de Noviços à Ordem, sem licença especial do Governo. Esse decreto foi interpretado a 19 de maio de 1855 no sentido de que ficava absolutamente proibido admitir Noviços, até que uma Concordata tivesse sido celebrada entre o Império do Brasil e a Santa Sé.
Como esta condição nunca se realizasse, o número de religiosos diminuía depressa.
Mas o golpe de morte foi o Decreto de D. Pedro II em 1845 proibindo a admissão de noviços. Com isto, os Conventos foram fechando por falta de frades. Ao chegar a República, havia apenas 9 franciscanos no Brasil, 8 no Nordeste e 1 no Sul.
sexta-feira, 26 de abril de 2013
PROVÍNCIA FRANCISCANA DE SANTO ANTÔNIO DO BRASIL
CONSPECTO HISTÓRICO (3)
Após longa interrupção, a Província reencontrou a catequse entre os selvículas, em 1679, fundando no correr dos tempos as seguintes Missões:
- Na Bahia: Itapicuru de Cima, Massacará, Saí, Jacobina, Juazeiro, Rodelas, Camanu, Massarandupio, Jeremoabo, Pambu, Curral dos Bois. Aracapá, Piagui, Catu e Salitre.
- Em Alagoas: Alagoas (Marechal Deodoro) e Palmar.
- Em Pernambuco: Una, Coripós, Zorobabé, Unhunhu, Pontal, Aricobé e Pajeú.
- Na Paraíba: Cariris.
Como última, foi extinta a Missão de Saí, em 1864.
Faltam notícias a respeito do resultado surtido na catequese franciscana.
Os Fradses Menores salientaram-se também como Missionários volantes. Exerciam o sagrado ministério durante os longos peditórios sertão adentro, percorrendo até o Ceará e o Piauí, desobrigando os fiéis e alistando muitos à Ordem Terceira. A todos os Conventos achavam-se agregadas fraternidades terciárias, com vida religiosa acentuada.
Durante o século XVIII, vários Conventos mantiveram grátis as chamadas Aulas de Gramática para meninos pobres, até que o governo, em 1785, substituiu ao Mestres franciscanos por professores leigos.
As Casas de estudos filosóficos e teológicos eram as de Olinda, Recife, Salvador e, temporariamente, Paraíba.
Os Noviciados funcionavam em Igarassu (Pernambuco) e Paraguaçu (Bahia), para vocações brasileiras e portuguesas.
CONSPECTO HISTÓRICO (3)
Após longa interrupção, a Província reencontrou a catequse entre os selvículas, em 1679, fundando no correr dos tempos as seguintes Missões:
- Na Bahia: Itapicuru de Cima, Massacará, Saí, Jacobina, Juazeiro, Rodelas, Camanu, Massarandupio, Jeremoabo, Pambu, Curral dos Bois. Aracapá, Piagui, Catu e Salitre.
- Em Alagoas: Alagoas (Marechal Deodoro) e Palmar.
- Em Pernambuco: Una, Coripós, Zorobabé, Unhunhu, Pontal, Aricobé e Pajeú.
- Na Paraíba: Cariris.
Como última, foi extinta a Missão de Saí, em 1864.
Faltam notícias a respeito do resultado surtido na catequese franciscana.
Os Fradses Menores salientaram-se também como Missionários volantes. Exerciam o sagrado ministério durante os longos peditórios sertão adentro, percorrendo até o Ceará e o Piauí, desobrigando os fiéis e alistando muitos à Ordem Terceira. A todos os Conventos achavam-se agregadas fraternidades terciárias, com vida religiosa acentuada.
Durante o século XVIII, vários Conventos mantiveram grátis as chamadas Aulas de Gramática para meninos pobres, até que o governo, em 1785, substituiu ao Mestres franciscanos por professores leigos.
As Casas de estudos filosóficos e teológicos eram as de Olinda, Recife, Salvador e, temporariamente, Paraíba.
Os Noviciados funcionavam em Igarassu (Pernambuco) e Paraguaçu (Bahia), para vocações brasileiras e portuguesas.
quinta-feira, 25 de abril de 2013
PROVÍNCIA FRANCISCANA DE SANTO ANTÔNIO DO BRASIL
CONSPECTO HISTÓRICO (2)
Até o ano de 1647, a Custódia ficou sujeita à Província- mãe. A eleição do Custódio e tudo o que dizia respeito às coisas mais importantes, dependiam do Capítulo da Província-mãe, enquanto o Custódio do Brasil reunia periodicamente a chamada Junta.
No dia 16 de fevereiro de 1614, presidido pelo Vigário Geral, o Capítulo Provincial determinou que os Custódios eleitos pelo Capítulo Provincial pudessem promover Capítulos em suas próprias Custódias, nos quais seriam eleitos os Definidores Custodiais e os Superiores locais.
E este primeiro Capítulo Custodial foi celebrado no dia 14 de outubro de 1614, no Convento de Olinda, presidido pelo Custódio Frei Vicente do Salvador, cabendo aos capitulares as eleições para todos os cargos, exceto o do Custódio que era eleito em Lisboa.
Não muito tempo depois, no dia 18 de abril de 1647, a Custódia foi completamente separada da Província mãe pelo Breve do Papa Inocêncio X e, a 24 de agosto de 1657, foi elevada à categoria de Província pelo breve de Alexandre VII.
Entrementes, a maior parte dos conventos fora fundada entre a Bahia e Sãoi Paulo, em consequência da invasão holandesa em Pernambuco (1630 – 1654). Além do curso filosófico-teológico criado em Olinda (1596), havia outro em Salvador e no Rio de Janeiro.
A 5 de novembro de 1659, é celebrado o Primeiro Capítulo Provincial. Nele se ecidiu que os 9 Conventos fundados na parte meridional (entre São Paulo e o Espírito Santo) fossem reunidos, de modo a constituirem a Custódia da Imaculada Conceição.
Esta, primeiramente sujeita à Província-mãe de Santo Antônio, já em 1675 recebeu foros de Província.
Continuaram a pertencer à Província de Santo Antônio os Conventos de Olinda (1585), Salvador (1587), Igaraçu (1588), Paraíba (1589), Ipojuca e Recife , São Francisco do Conde (Sergipe do Conde, 1629), Sirinhaém (1630), Paraguaçu (1649), Cairu (1650), São Cristóvãoi (Sergipe Del-Rei, 1657), Penedo e Alagoas (Marechal Deodoro) (1660), e o Hospício da Boa Viagem (Salvador, 1710).
O Governo Colonial não consentiu na fundação de outros Conventos, apesar de vários pedidos, como por exemplo, da parte de Natal, Aquirás, Oeiras etc. Até na região das Missões não podia haver Conventos, senão Hospícios para dois ou três religiosos.
(Contunua)
CONSPECTO HISTÓRICO (2)
Até o ano de 1647, a Custódia ficou sujeita à Província- mãe. A eleição do Custódio e tudo o que dizia respeito às coisas mais importantes, dependiam do Capítulo da Província-mãe, enquanto o Custódio do Brasil reunia periodicamente a chamada Junta.
No dia 16 de fevereiro de 1614, presidido pelo Vigário Geral, o Capítulo Provincial determinou que os Custódios eleitos pelo Capítulo Provincial pudessem promover Capítulos em suas próprias Custódias, nos quais seriam eleitos os Definidores Custodiais e os Superiores locais.
E este primeiro Capítulo Custodial foi celebrado no dia 14 de outubro de 1614, no Convento de Olinda, presidido pelo Custódio Frei Vicente do Salvador, cabendo aos capitulares as eleições para todos os cargos, exceto o do Custódio que era eleito em Lisboa.
Não muito tempo depois, no dia 18 de abril de 1647, a Custódia foi completamente separada da Província mãe pelo Breve do Papa Inocêncio X e, a 24 de agosto de 1657, foi elevada à categoria de Província pelo breve de Alexandre VII.
Entrementes, a maior parte dos conventos fora fundada entre a Bahia e Sãoi Paulo, em consequência da invasão holandesa em Pernambuco (1630 – 1654). Além do curso filosófico-teológico criado em Olinda (1596), havia outro em Salvador e no Rio de Janeiro.
A 5 de novembro de 1659, é celebrado o Primeiro Capítulo Provincial. Nele se ecidiu que os 9 Conventos fundados na parte meridional (entre São Paulo e o Espírito Santo) fossem reunidos, de modo a constituirem a Custódia da Imaculada Conceição.
Esta, primeiramente sujeita à Província-mãe de Santo Antônio, já em 1675 recebeu foros de Província.
Continuaram a pertencer à Província de Santo Antônio os Conventos de Olinda (1585), Salvador (1587), Igaraçu (1588), Paraíba (1589), Ipojuca e Recife , São Francisco do Conde (Sergipe do Conde, 1629), Sirinhaém (1630), Paraguaçu (1649), Cairu (1650), São Cristóvãoi (Sergipe Del-Rei, 1657), Penedo e Alagoas (Marechal Deodoro) (1660), e o Hospício da Boa Viagem (Salvador, 1710).
O Governo Colonial não consentiu na fundação de outros Conventos, apesar de vários pedidos, como por exemplo, da parte de Natal, Aquirás, Oeiras etc. Até na região das Missões não podia haver Conventos, senão Hospícios para dois ou três religiosos.
(Contunua)
quarta-feira, 24 de abril de 2013
PROVÍNCIA FRANCISCANA DE SANTO ANTÔNIO DO BRASIL
CONSPECTO HISTÓRICO
Os Frade Menores da Província dos Descalços de Santo Antônio em Portugal, fundaram em 1585 a Custódia de Santoi Antônio do Brasil. Era Ministro Geral da Ordem Frei Francisco Gonzaga. O Papa Sisto V governava a Igreja.
Foi no dia do ano Bom de 1585 que de Lisboa partiram os fundadores da nova Custódia”: “1) Frei Melquior de Santa Catarina (Prelado ou Custódio), 2) Frei Francisco de São Boaventura, 3) Frei Francisco dos Santos, 4) Frei Afonso de Santa Maria, 5) frei Manuel da Cruz, 6) Frei Antônio dos Mártires (corista) - todos estes da Província portugesa de Santo Antônio - , 7) Frei Antônio da Ilha – de outra Província.
No dia 12 de abril de 1585 chegaram a Pernambuco os 7 fundadoores. Foram recebidos na “Vila de Marim” (como se chamava Olinda) com grande alegria sobretudo pelos parentes de Jorge de Albuquerque que tanto se tinha esforçado pela vinda dos religiosos. Assim foram tratados com especial cuidado por Felipe Cavalcanti e sua esposa Dona Catarinade Albuquerque, prima do Governador Jorge.
Foi na casa deste casal que os frades foram acomodados durante os primeiros dias, até se instalarem numas casas junto à Misericórdia, faltando, porém , o necessário pra uma vida regular. Conformados com tudo, estabeleceram seu oratório e recolhemento, celebravam a missa, recitavam o Divino Ofício; afinal, fizeram o possível para seguir a vida comum.
Vale conhecer o que a 27 de setembro de 1585, a viúva de Pero Leitão, Maria da Rosa, exarava no termo de doação da casa que mandara construir sob a invocação de Nossa Senhora das Neves, aos frades da Ordem de São Francisco.
Diz que por vezes tinha escrito ao Reino, aos Padres Provinciais da dita Ordem, mandando-lhes oferecer, e pedindo-lhes quisessem mandar religiosos para a povoarem e acabarem, o que até agora não teve efeito.
E diz que ora vendo nesta terra o Padre Frei Melquior de Santa Catarina e seus companheiros com provisão de S.M. e Patente do Padre Frei Francisco Gonzaga, Ministro Geral, ela dita Maria da Rosa, dava muitas graças a Nossa Senhora, por lhe mostrar coisa que tanto desejava. Pelo que ela, de seu próprio moto e livre vontade...dava e doava à dita Ordem, de hoje para sempre, a dita casa assim como está, igreja com todos os ornamentos, e com todos os mais, prata, chãos e terras, que estão junto com a dita igreja, assim cerca como os que estão fora dela, em que está a olaria, até o salgado, para se poderem manter na cerca, assim e da maneira que o ela tem e possui, com suas entradas e saídas...”
“O primeiro campo de trabalho dos franciscanos, escreve Frei Bonifácio Mueller, enconram-no no Hospital da Santa Casa de Misericórdia. Duas vezes por dia, pela manhã e à tarde, faziam sua visita coletiva.É o que sempre atraía a atenção dos enfermos e a simpatia do público”.
Foi o exemplo edificante dos frades, opina Frei Bonifácio, que despertou a primeira vocação brasileira: Frei Gaspar de Santo Antônio. Podemos imaginar a alegria de Frei Melquior de Santa Catarina quando impôs, neste oratório, o hábito de irmão leigo ao primeiro brasileiro. No Convento de Ipojuca há uma lápide em que se faz memória dele. Tomaram posse do Convento de Nossa Senhora das Neves no dia 4 de outubro de 1585. Fundaram no Convento um Seminário de índios. Aí as crianças e jovens indígenas se preparavam para ser os missionários dos índios dos sertões.
Os missionários se especilizavam na língua indígena e daí partiam para outros pontos do país.
Fundaram muitos conventos que ainda hoje são preciosas relíquias do passado e inúmeras Missões entre os índios. Fundaram obras sociais, escolas e davam atenção especial aos hospitais e leprosários. Pregavam também Missões populares.
A atividade principal dos frades desenvolveu-se na catequese dos índios das seguintes Missões:
Em Pernambuco:
- Duas em Olinda, Itamaracá, Itapissuma, Ponta de Pedras,
Siri, Tracunhaém, Una (ou Iguna).
Em Alagoas:
- Porto de Pedras.
Na Paraíba:
- Amagra, Guiragibe, Joane, Mangue, Praia, Santo Agostinho, Jacoca, Assunção, Piragibe e outros três centros missionários cujos nomes não são conhecidos e com os quais estavam anexas outras 16 a 18 aldeias.
Por volta de 1616, o Prerfeito Apostólico Antônio Teixeira Cabral confiou as missões ao Clero Secular.
Atesta Frei Vicente do Salvador, como ex-missionário, quew os franciscanos, entre 1585 e 1619, batizaram 52 mil índios.
Em 1624, vários missionários de Olinda acompanharam a Frei Criatóvão Severin de Lisboa ao Maranhão, ajudando na catequese durante alguns anos, e introduzindo os dez missionários recém-chegados.
(Continua).
CONSPECTO HISTÓRICO
Os Frade Menores da Província dos Descalços de Santo Antônio em Portugal, fundaram em 1585 a Custódia de Santoi Antônio do Brasil. Era Ministro Geral da Ordem Frei Francisco Gonzaga. O Papa Sisto V governava a Igreja.
Foi no dia do ano Bom de 1585 que de Lisboa partiram os fundadores da nova Custódia”: “1) Frei Melquior de Santa Catarina (Prelado ou Custódio), 2) Frei Francisco de São Boaventura, 3) Frei Francisco dos Santos, 4) Frei Afonso de Santa Maria, 5) frei Manuel da Cruz, 6) Frei Antônio dos Mártires (corista) - todos estes da Província portugesa de Santo Antônio - , 7) Frei Antônio da Ilha – de outra Província.
No dia 12 de abril de 1585 chegaram a Pernambuco os 7 fundadoores. Foram recebidos na “Vila de Marim” (como se chamava Olinda) com grande alegria sobretudo pelos parentes de Jorge de Albuquerque que tanto se tinha esforçado pela vinda dos religiosos. Assim foram tratados com especial cuidado por Felipe Cavalcanti e sua esposa Dona Catarinade Albuquerque, prima do Governador Jorge.
Foi na casa deste casal que os frades foram acomodados durante os primeiros dias, até se instalarem numas casas junto à Misericórdia, faltando, porém , o necessário pra uma vida regular. Conformados com tudo, estabeleceram seu oratório e recolhemento, celebravam a missa, recitavam o Divino Ofício; afinal, fizeram o possível para seguir a vida comum.
Vale conhecer o que a 27 de setembro de 1585, a viúva de Pero Leitão, Maria da Rosa, exarava no termo de doação da casa que mandara construir sob a invocação de Nossa Senhora das Neves, aos frades da Ordem de São Francisco.
Diz que por vezes tinha escrito ao Reino, aos Padres Provinciais da dita Ordem, mandando-lhes oferecer, e pedindo-lhes quisessem mandar religiosos para a povoarem e acabarem, o que até agora não teve efeito.
E diz que ora vendo nesta terra o Padre Frei Melquior de Santa Catarina e seus companheiros com provisão de S.M. e Patente do Padre Frei Francisco Gonzaga, Ministro Geral, ela dita Maria da Rosa, dava muitas graças a Nossa Senhora, por lhe mostrar coisa que tanto desejava. Pelo que ela, de seu próprio moto e livre vontade...dava e doava à dita Ordem, de hoje para sempre, a dita casa assim como está, igreja com todos os ornamentos, e com todos os mais, prata, chãos e terras, que estão junto com a dita igreja, assim cerca como os que estão fora dela, em que está a olaria, até o salgado, para se poderem manter na cerca, assim e da maneira que o ela tem e possui, com suas entradas e saídas...”
“O primeiro campo de trabalho dos franciscanos, escreve Frei Bonifácio Mueller, enconram-no no Hospital da Santa Casa de Misericórdia. Duas vezes por dia, pela manhã e à tarde, faziam sua visita coletiva.É o que sempre atraía a atenção dos enfermos e a simpatia do público”.
Foi o exemplo edificante dos frades, opina Frei Bonifácio, que despertou a primeira vocação brasileira: Frei Gaspar de Santo Antônio. Podemos imaginar a alegria de Frei Melquior de Santa Catarina quando impôs, neste oratório, o hábito de irmão leigo ao primeiro brasileiro. No Convento de Ipojuca há uma lápide em que se faz memória dele. Tomaram posse do Convento de Nossa Senhora das Neves no dia 4 de outubro de 1585. Fundaram no Convento um Seminário de índios. Aí as crianças e jovens indígenas se preparavam para ser os missionários dos índios dos sertões.
Os missionários se especilizavam na língua indígena e daí partiam para outros pontos do país.
Fundaram muitos conventos que ainda hoje são preciosas relíquias do passado e inúmeras Missões entre os índios. Fundaram obras sociais, escolas e davam atenção especial aos hospitais e leprosários. Pregavam também Missões populares.
A atividade principal dos frades desenvolveu-se na catequese dos índios das seguintes Missões:
Em Pernambuco:
- Duas em Olinda, Itamaracá, Itapissuma, Ponta de Pedras,
Siri, Tracunhaém, Una (ou Iguna).
Em Alagoas:
- Porto de Pedras.
Na Paraíba:
- Amagra, Guiragibe, Joane, Mangue, Praia, Santo Agostinho, Jacoca, Assunção, Piragibe e outros três centros missionários cujos nomes não são conhecidos e com os quais estavam anexas outras 16 a 18 aldeias.
Por volta de 1616, o Prerfeito Apostólico Antônio Teixeira Cabral confiou as missões ao Clero Secular.
Atesta Frei Vicente do Salvador, como ex-missionário, quew os franciscanos, entre 1585 e 1619, batizaram 52 mil índios.
Em 1624, vários missionários de Olinda acompanharam a Frei Criatóvão Severin de Lisboa ao Maranhão, ajudando na catequese durante alguns anos, e introduzindo os dez missionários recém-chegados.
(Continua).
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