sábado, 24 de março de 2012

PORTEIRO DE ALMAS III.

FREI BERTRAM, O SANTO

O dia-a-dia de Frei Bertram, como ele o passa para o reporter:
Levanta diariamente às quatro horas para cumprir obrigações religiosas. Às 7 horas abre a Portaria, que fecha às 21 horas. Durante o dia atende a centenas de fiéis: encomenda de missas, , padre para confissões, ajuda nas necessidades do Convento. Terça-feira, dia da devoção a S. Antônio, é incalculável o número de pessoas - principalmente moças - que tem a atender.
Ardente devoto do Espírito Santo, Frei Bertram fundou em 1936 a Pequena Obra do Espírito Divino com o órgão bimestral Espírito Santo, em pleno funcionamento em 1957. Por ocasião da reportagem de "O Globo", fazia 21 anos que a revista vinha sendo editada pelos Franciscanos, dirigida então, como diz Frei Cleto, pelo Professor Frei Severino Gisder.
Assevera "O Globo": "É o único órgão em toda a América do Sul dedicado ao Divino Espirito Santo" (destaque nosso).
O Site da Província conclui:
"Sempre caridoso e de muita oração, edificava a todos que dele se aproximavam. Depois de passar o dia inteiro em estafante serviço, recolhia-se à igreja, onde quedava horas em oração diante do Senhor no Tabernáculo. A Crônica [do Convento] dando notícia de sua morte, diz no fim: E assim nos deixou mais um santo da nossa Comunidade" .
Vale guadar este retrato do frade, provavelmente único, que não escapou ao reporter:
"Escondendo com sua disposição seus 70 anos de idade, baixinho, olhinhos verdes, restos de cabelos cobrindo parcialmente a calvice, e falando o português com objetiva simplicidade..."
Quem diria que, pouco mais de um ano após a festa do seu Jubileu, seria chamado à Casa do Pai?
Estava preparado. Foi um santo.
Mais dados sobre ele só consultando o necrológio da Província Franciscana da Imaculada Conceição. Uma pista: a revista Vida Franciscana, a partir de 8 de julho de 1958; também a Revista Eclesiástica Brasileira (REB), em Necrológios, números a partir de julho 1958.

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