sexta-feira, 19 de abril de 2013

A IRMANDADE ACADÊMICA DE NOSSA SENHORA DO BOM CONSELHO DO CONVENTO DE SANTO ANTÔNIO DO RECIFE



Em seu livro “Convento Santo Antônio do Recife – 1606 / 1956”, escreve Frei Bonifácio Mueller, OFM, que depois de 1872, começo a haver desinteligência entre a Irmandade Acadêmica Nossa Senhora do Bom Conselho e os religiosos do Convento. Os frades estavam adaptando as instalações da casa para receber os novos frades que o Ministro Provincial Frei Antônio Camilo de Lellis havia pedido ao Ministro Geral da Ordem para repovoar os Conventos em grande parte abandonados.

Foi decidido que a Irmandade deixasse o seu consistório que se achava sobre a sacristia do Convento, com o quarto ou cômodo onde eram guardadas suas alfaias.

Em compensação, o Convento cedia para a Irmandade metade do antigo refeitório com porta para a rua [hoje do Imperador] pela qual entrariam os Irmãos para suas sessões, e outra porta interior que dava para o claustro do Convento. Ainda permitia que a Irmandade pudesse dispor das tribunas da capela-mor (do lado do Evangelho) no dia de sua festa, podendo nesse dia levar também senhoras, visto que não há comunicação para o claustro do Convento. Continuaria a Irmandade com o mesmo direito às suas catacumbas ou jazigos...

O documento enviado por Frei Antônio Camilo de Lellis vem assinado pelo Comissário Provincial Frei Irineu Bierbaum, emitido no Convento de São Francisco de Salvador, com data de 26 de agosto de 1894.

A maioria concordou com a proposta. Outros pensaram em procurar outra igreja ou por compra ou por contrato.

Um chegou a dizer: “Se nos dão um consistório com a porta para a rua, é com o fim talvez de nos aproximar mais do meio da rua onde nos desejam lançar”...

Quando no dia 23 de maio de 1899 tiveram conhecimento de que o Exmo. Sr. Bispo Diocesano pretendia examinar as contas, a mesa regedora deu esse parecer: “Em nosso compromisso não há artigo algum que a isso nos obrigue”...

Aos poucos predominaram as opiniõs da oposição, até que deixaram o convento no ano de 1895, instalando-se na Matriz de São José, diz Pereira da Costa. O Mons. José Augusto, Pároco da Matriz de São José e perfeito conhecedor de sua história, desconhece a presença daquela Confraria acadêmica na Matriz de São José. Opina que talvez se tratasse da igreja de São José  de Ribamar que naquela época funcionava como Matriz,  enquanto a de São José estava em construção ou reforma. 
Concluo que teria havido imprecisão de Pereira da Costa, para não dizer um erro.
Resta-nos pesquisar o assunto na igreja de São José de Ribamar.

Consulte o leitor o que sobre isto escreve Pereira da Costa (Anais Pernambucanos, Vol. VI, páginas 286 e 308).

Minha prima de saudosa memória, a Juíza Inês Guedes, conhecedora que era da Irmandade Acadêmica de Nossa Senhora do Bom Conselho, com a permissão do Guardião do Convento Santo Antônio do Recife, restabeleceu a extinta Irmandade, agora tendo como membros Juízes católicos do Recife.
Houve missa de ação de graças. Reuniam-se na sala de visitas do Convento. Isto na década de 1980, se não me falha a memória,  Pouco tempo depois Inês adoeceu e chegou ao ponto de não mais poder sair de casa.
Sem ela, creio que a Irmandade deixou de se reunir. Não sei com quem ficou o livro de atas da mesma.

Em artigo publicado em “A Tribuna” (02 de 03 de 1957), escreve Fr. Bomifácio o que colheu da História da Faculdade de Direito do Recife de Clovis Bevilaqua (página 466) e da Revista Acadêmica da mesma Faculdade (Vol. XXX, pg. 64). “Pormenores dignos de nota”, diz Frei Bonifácio. Entre eles: “Quando a Irmandade se apresentava em qualquer solenidade, era muito apreciada pelo avultado número com que se exibia, e pelo porte, garbo e correção no trajar dos seus membros”.

Frei Bonifácio cita uma opinião sobre a extinção da Irmandade:

“Pena é que a inconstância da mocidade extinguisse uma instituição que em seu tempo tanto honrava sua classe como hoje em dia a Congregação Mariana Acadêmica...”

Mais triste nos parece ainda a interpretação de outro autor, escreve o mesmo frade:

“Essa onda de religiosidade, por sua vez, se foi amortecendo: os rapazes atiraram-se com entusiasmo da próprio da idade às novas correntes espirituais que agitavam o século XIX: fizeram-se livres pensadores em Filosofia e republicanos em Política”...

E Frei Bonifácio termina com um apelo veemente:

“Fica aqui lançado um apelo ás famílias zelosas em guardar relíquias, para que, se lhes vierem às mãos um exemplar do Compromisso da Irmandade do Bom Conselho, impresso em 1859 ou 1863, placa usada pela corporação com a efígie de Nossa Senhora do Bom Conselho, ou mesmo um retrato fiel de algum acadêmico com o distintivo ao pescoço, destinem estes objetos à planejada Exposição do Tricentenário Franciscano a realizar-se no ano em curso”.

Uma SEPARATA da REVISTA DA ESCOLA DE BELAS ARTES DE PERNAMBUCO (Recife - Agosto - 1960) tem por título: II EXPOSIÇÃO DE ARTE SACRA. À págna 4 consta o CATÁLOGO. E neste, o 4º QUADRO intitula-se IMAGEM. . A "Seperata" comenta:

-“Nossa Senhora do Bom Conselho” - Imagem preciosa, orago da extinta Irmandade dos Acadêmicos da Faculdade de Direito do Recife. Até 1872 ainda existia essa Irmandade ereta no Convento Santo Antônio do Recife. Desaparecida que foi, ficou a imagem em poder dos Franciscanos que a conservam com grande veneração.”O Convento de Santo Atônio do Recife não tem conhecimento da imagem e nem de sua veneração!  

Á página 31, traz a foto da imagem.

quinta-feira, 18 de abril de 2013

ESCOLÁSTICA FRANCISCANA
O MESTRE ALEXANDRE DE HALES

Uma SEPARATA da REVISTA DA ESCOLA DE BELAS ARTES DE PERNAMBUCO (Recife - Agosto - 1960) tem por título: II EXPOSIÇÃO DE ARTE SACRA. À págna  4 consta o CATÁLOGO. E neste, o  6º QUADRO intitula-se "Alexandre  de Hales, entre seus alunos". O Quadro é do Convento Santo Antônio do Recife. Mas no Convento de São Francisco de OIinda há um igual. A "Seperata"  comenta: "Digno de todo o interesse: ao centro o bem-aventurado Alexandre de Hales. ladeado pelos seus alunos São Tomás e São Boaventura, do qual mestre, afirma a inscrição, hauriam todo o seu saber através dos ensinamentos do "doctor doctorum" [doutor dos doutores] Alexandre de Hales".

O que provoca nos tomistas a visão deste quadro podemos imaginar. 

sábado, 13 de abril de 2013

CANTO DAS LAVANDEIRAS

CANTO DAS LAVANDEIRAS


Inspirado numa tradição popular que recebi de minha saudosa mãe, compuz estes versinhos de meu poema

Pastoril



Menio Jesus nasceu

Lá na gruta de Belém.

Para lavar seus paninhos

Lavandeira logo vem.



Lava, lavandeira,

Com muito carinho,

Lava com presteza

O seu cueirinho.



(Poeira Encantada)



O jovem confrade Frei Faustino dos Santos, alagoano de Piaçabuçu, acaba de chegar da viagem que fez a Campo Formoso, alto sertão da Bahia, onde passou a Semana Santa. Na comunidade do Riachão ele ouviu o



Canto das Lavandeiras:

Duas lavandeiras,

Duas beija-flor

Lavando os paninhos

De Nosso Senhor.



Quanto mais lavava,

O sangue escorria,

Sua mãe chorava,

Os judeus sorria.



Consta que os romeiros do Juazeiro do Padre Cicero

entoam um bendito bem parecido com este.











quarta-feira, 3 de abril de 2013

O PAPA FRANCISCO FALA DA SUA INFÂNCIA




                 PAPA FRANCISCO NOS FALA DE SUA INFÂNCIA






SUA DEVOÇÃO A NOSSA SENHORA E A SÃO JOSÉ

1. Como beijava com ternura e devoção o escapulário de Nossa Senhora do Carmo! Até hoje o conserva no pescoço. Devoção que aprendeu no colo de sua santa mãe. Que lembrança fagueira a da hora do terço em família! O pai não falhava, contava-lhe a mãe.








A figura de São José era-lhe tão familiar como a de Nossa Senhora. Hoje, como Papa, todos podem perceber essa sua devoção.





Como ele gostaria de conhecer a imagem de “Nossa Senhora Adolescente” da Catedral de Olinda que se conserva no Museu instalado no antigo palácio Episcopal, no alto da Sé!

Sempre que olho para ela, lembro-me do que diz o Papa João XXIII na meditação do 4º Mistério Gozoso do Rosário:

“A suave imagem de Maria irradia-se e acende-se na suprema exaltação. Que bela cena a dormição de Maria, tal como a contemplam os cristãos do Oriente. Está ela estendida no sono plácido da morte, e Jesus está ao lado, e tem junto ao seu peito, como uma criança, a alma da Virgem, para indicar o prodígio da imediata ressurreição e glorificação”.

2. Só me vem à memória o belíssimo painel em azulejos de nossa igreja de Nossa Senhora das Neves de Olinda, que poderíamos chamar a “Dormição de Nossa Senhora”.








É verdade que não apresenta a encantadora cena do ícone oriental: Jesus com a alma de Maria ao peito.

Mas, por outro lado, que reprodução comovente dos apóstolos cheios de saudade, cercando o leito mortuário de Nossa Senhora, prestes a partir. Que imagem cheia de doçura daquela

a quem a Igreja invoca como Rainha dos Apóstolos e Mãe da Igreja e a quem São Francisco se dirige como a Virgem-Feita Igreja.





DETALHE:








3. NOSSA SENHORA ADOLESCENTE

DA CATEDRAL DE OLINDA

João XXII recorda que no ícone oriental Jesus tem junto ao seu peito, como uma criança, a alma da Virgem.


Isto me leva, de pronto, à imagem de Nossa Senhora Adolescente, da Catedral de Olinda, hoje no Museu Sacro do Alto da Sé, o antigo Palácio Episcopal.




Graças à ajuda de Onildo Moreno, Diretor ADJ, Poeta e Escritor, que me serviu de cicerone, pude obter as fotos que aqui reproduzo.
                                                                                                                                 







MUSEU DE ARTE SACRA DE OLINDA:










Leio na internet que também em São Paulo há uma imagem de

Virgem Maria Adolescente. Não pude avaliar se tem a formosura da nossa.

E PARA CONCLUIR:

JOSEPH RATZINGER (O PAPA EMÉRITO BENTO XVI), em seu livro - um primor de Teologia e Exegese - "A Infância de Jesus"  (Editora Planeta do Brasil, dezembro de 2012), consigna um trecho perfeitamente aplicável à pessoa do Papa Francisco:

"Desde o seu nascimento, Jesus não pertence àquele ambiente, que, aos olhos do mundo, é importante e poderoso; e contudo é precisamente esse homem irrelevante e sem poder que se revela cono verdadeiramente Poderoso, como Aquele de quem, no final das contas, tudo depende. Por conseguinte, faz parte do tornar-se cristão este sair do âmbito daquilo que todos pensam e querem, sair dos critérios predominantes, para entrar na luz da verdade sobre o nosso ser e, com essa luz, alcançar o justo caminho" (pg. 59 - 60).  



terça-feira, 2 de abril de 2013

CISTERNA DO CONVENTO FRANCISCANO DE OLINDA


A CISTERNA


Saindo do pátio em frente do Refeitório ao ar livre, pisamos no terraço que cobre a cisterna. Esta foi construída em 1624 a fim de prevenir a falta de água. Obstruída na invasão holandesa, só em 1748 foi reedificada com as dimensões que tem conservado até o presente: 15 por 20 m de Largura com 4 m de fundo.

Em dias claros, este terraço nos proporciona magníficas vidtas do mar, da cidade de Olinda, assim como do Recife até ao Cabo Santo Agostinho.

Pereira da Costa classifica esta obra como “notável trbalho artístico. Os extremos dos bancos de pedra que beiram os dois lados da cisterna formam o

retângulo que serve de Base a um relógio de sol, um dos poucos que ainda existem nesta redondeza.


O nosso tem a forma de um semicírculo com estilete no meio, para ser projetada a sombra de 6 horas da manhã às 6 horas da tarde., Isto é, do raiar da aurora o ocaso do sol. Na era do tempo solar andava certinho,, pois o tiro de canhão do porto do recife, dado diariamente ao meio dia em ponto, permitia uma conferência segura.

Em certo dia do ano de 1914, todos os rel[ogios ficaram parados durante 33 minutos, por ser adotado o tempo legal Dio Rio de janeiro, como o telógio de sol não parasse naquela ocasião, hoje em dia continua adiantada 33 minutos.



quarta-feira, 27 de março de 2013

CORREDOR DA SACRISTIA DO CONVENTO DE OLINDA

O CORREDOR DA SACRISTIA ANTIGAMENTE SE CHAMAVA VIA SACRA (CAMINHO SAGRADO), POIS CONDUZIA Á IGREJA.


ESTAS PINTURAS SÃO DAS MAIS ANTIGAS DO CONVENTO. PPOSSIVELMENTE DO FINAL DO SÉCULO XVI E COMEÇO DO SÉCULO XVII (FINAL DE 1500 E PRINCÍPIOS DE 1600).


PAPAS FRANCISCANOS

ATÉ ENTÃO CONHECIDOS


A COMEÇAR PELA ENTRADA DO CORREDO RUMO Á SACRISTIA:

I) NICOLAUS IV





1288

FREI.....


CREANIS ANNO 1288

FREIU HIENENINO

ALCULANO


DADOS DA INTERNET:

O Papa Nicolau IV, OFM, nascido Girolamo Masei de Ascoli, foi papa de 22 de fevereiro de 1288 até a sua morte. Foi o primeiro papa franciscano. WikipédiaNascimento: 30 de setembro de 1227, Itália


Falecimento: 4 de abril de 1292, Roma







II) ALEXANDRE V

DETALHE:





PONTIF. MAXIMUS

CREAL ANNO 1402

FREI PEDRO PHELANGO

FORA ESTES DADOS DO QUADRO, AINDA PODEMOS DIZER SOBRE ELE::
"O SÉCULO XIV, ESCASSO EM FIGURAS DE RELEVO NA SUA SEGUNDA METADE, FINDA, NÃO OBSTANTE, COM DOIS ESCRITORES RELEVANTES: O CATALÃO FRANCISCO EIXIMENIS (+ 1409), AUTOR DE NUMEROSAS OBRAS EM LATIM E EM LÍNGUA VULGAR...E O GREGO CRETENSE PEDRO PHILARGIS DE CÂNDIA,  FUTURO PAPA ALEXANDRE V (+ 1410), GANDE HUMANISTA, LITERATO E TEÓLOGO; ENSINOU GREGO EM OXFORD E EM ALGUNS CENTROS DA ITÁLIA" (LÁZAROM IRIART O.F.M.CAP: HISTÓRIA FRANCISCANA, 1985, VOZES, PETRÓPOLIS).



III) SEM NADA. AQUI PROVAVELMENTE ERA O PAPA SIXTO IV QUE FEZ

OPOSIÇÃO AO REI DA ESPANHA QUE SE SERVIA DA INQUISIÇÃO PARA PERSEGUIR OS INIMIGOS.





FOTO DA INTERNET:






DADOS DA INTERNET:

Ir para: navegação, pesquisa


Sisto IV, O.F.M.

212º papa





Nome de nascimento Francesco della Rovere

Nascimento Savona, Itália,

21 de Julho de 1414

Eleição 9 de Agosto de 1471

Fim do pontificado 12 de Agosto de 1484 (70 anos)

Antecessor Paulo II

Sucessor Inocêncio VIII

Listas dos papas: cronológica · alfabética

MAIS DADOS DAB INTERRNET:



O Papa Sisto IV nomeia Bartolomeo Platina prefeito da Biblioteca Vaticana (um fresco de Melozzo da Forlì.Papa Sisto IV, nascido Francesco Della Rovere OFM (Albisola, 21 de julho de 1414 — Roma, 12 de agosto de 1484), foi Papa de 9 de agosto de 1471 até à data da sua morte. Figura importante da Renascença, é principalmente lembrado por ter estabelecido a Inquisição Espanhola e ordenado a construção da Capela Sistina na qual uma equipa de artistas se reuniu para produzir uma obra-prima (o teto pintado por Michelangelo Buonarroti foi adicionado posteriormente).

Nasceu numa modesta família em Albisola, perto de Savona, na Ligúria. Juntou-se à Ordem Franciscana, e as suas qualidades intelectuais revelaram-se enquanto estudava filosofia e teologia na Universidade de Pavia. Lecionou em várias universidades de Itália. Tornado Ministro Geral da Ordem Franciscana em 1464 e nomeado Cardeal pelo Papa Paulo II.

Sisto IV era tio de Giuliano della Rovere, futuro Papa Júlio II, seu pontificado corresponde a uma época de expansão territorial dos Estados Papais. Sisto IV consentiu a Inquisição espanhola e escreveu uma bula em 1478 estabelecendo-a em Sevilha, sob pressão política do Rei Fernando I de Aragão, que ameaçou retirar o seu apoio militar na Sicília. Mesmo assim, Sisto protestou sobre o protocolo e prerrogativas jurisdicionais, e ficou insatisfeito pelos excessos da Inquisição, tomando medidas a condenar os mais flagrantes abusos em 1482. Quanto a assuntos eclesiásticos, Sisto IV instituiu a festa (8 de Dezembro) da Imaculada Conceição da Virgem Maria. Anulou em 1478 os decretos reformistas do Concílio de Constança.

Em 1481 Sisto IV fez a Bula Æterni regis, na qual, garantia a Portugal todas as terras descobertas e a serem descobertas ao sul das Ilhas Canárias na África.



IV) PAPA SIXTUS V









CREAT ANNO 1585

FREI FELIS PERETO

DADOS DA INTERNET:

Sisto V, nascido Felice Peretti, O.F.M. Conventual, foi Papa entre 24 de Abril de 1585 e a data da sua morte. WikipédiaNascimento: 13 de dezembro de 1520, Grottammare

Falecimento: 27 de agosto de 1590, Roma
MAIS DADOS DA INTERNET:

Sisto V, nascido Felice Peretti, O.F.M. Conv. (Grottammare, 13 de Dezembro de 1521 – Roma, 27 de Agosto de 1590) foi papa entre 24 de Abril de 1585 e a data da sua morte.








terça-feira, 12 de março de 2013

CONVENTO FRANCISCANO DE OLINDA

A datação primitiva do Convento é do final do século XVI, hoje, assevera-se ser um dos exemplares ímpares das construções franciscanas que se espalharam pelo mundo. O conjunto arquitetônico está inserido em um espaço de ambiência privilegiada que instiga a procura por conhecê-lo e vislumbrá-lo.
Numa placa na parede do prédio da Ordem Terceira se vê:

1577. Refere-se ao conventinho primitivo que em 1577 a Terceira Franciscana Regular Maria da Rosa mandara construir para os franciscanos que deveriam vir para Olinda. Na realidade eles chegaram em 1585.

Eles vieram a pedido do povo de Olinda que mantinha grande admiração por São Francisco.
.
Bem poucos reparam a inscrição esculpida nas cornijas das duas janelas da Portaria: “Anno – 1754”. Esta data, porém, longe de nos revelar a época da fundação, apenas marca o ano em que se concluiu a reconstrução, passada a Guerra Holandesa que o destruiu.

Restabelecida a ordem pela Restauração de Pernambuco em 1654, os frades cogitaram na reedificação da casa e igreja mais amplas, tal qual hoje se apresentam. Traçada a planta, trataram de angariar materiais e donativos para iniciar os trabalhos em 1712, que letamente prosseguiram, pois só em 1754 terminaram.

Sabiam os frades que o Convento estava inteiramente a serviço das Missões, não somente entre os indígenas, mas também para a evangelização dos colonos, certamente os mais necessitados do Evangelho.

O carisma franciscano de estar a serviço inspirava toda a vida religiosa dos frades.

Um adro com o cruzeiro estende-se, mais em baixo, frente à igreja

A fachada ds igreja é encimada por um nicho com a imagem de Nossa Senhora das Neves, com traços indígenas.


A IGREJA



 “Entrando nela, tem-se logo a impressão de um ambiente sagrado e formoso. Toda ornada de painéis de mestres cujos nomes continuam ignorados, vêm-se as paredes cobertas até altura de uns três metros de ricos azulejos, apresentando em quadros sucessivos cenas da vida de N. Senhora. O mesmo acontece nos painéis de cores que no teto, enfaixados em ricas molduras, descrevem as glórias de Maria Santíssima.


As imagens da igreja:
- No altar-mor:

a) Vemos Nossa Senhora das Neves (não mais a primitiva) no trono que servia nas igrejas do século XVIII, para a Exposição do Santíssimo. Está sem o Menino Jesus que foi roubado.

Acima da imagem, no cimo, o escudo do Divino Espírito, na forma de uma pomba.

b) Do lado direito, a imagem de São José;

c) Do lado esquerdo, a imagem de São Boaventura, padroeiro dos estudos franciscanos.

- Depois do arco, os altares colaterais:

a) Da parte do Evangelho, temos a imagem da Imaculada Conceição e da parte da Epístola, a do Glorioso Santo Antônio, Padroeiro da Província.

Esta colocação é uma tradição entre nós.

Chama a atenção o fato de todas as imagens estarem sem os seus resplendores de prata, que eram muito belos. Foram roubados há poucos anos (década de 1990).

Quem quer que entre no templo sente-se convidado a rezar, a contemplar.
Quem vem como turista, entra como romeiro.
E certamente sai reconfortado.