CAPELA DE SANT´ANA E CASA
1. RIO DOCE – HISTÓRIA
Curta mas gloriosa a história do Rio Doce (Olinda). Baseio-me em Pereira da Costa, Anais Pernambucanos, V (1701 – 1739), páginas 64 -66.
O rio Doce é pequeno rio que nasce em terras do engenho Conceição do Meio, no município de Olinda. Deságua no mar após sua confluência com o rio Paratibe.
Em 1629, prevendo-se uma invasão holandesa de Pernambuco, Matias de Albuquerque fez levantar uma fortificação à margem direita do rio Doce, junto à foz. Mas, diante da notícia que uma frota holandesa já havia passado por Cabo Verde, interrompeu as obras e levantou uma forte trincheira. Dela ficou encarregado o Capitão André Pereira Temudo. Aconteceu ainda em fevereiro de 1630 a invasão inimiga. Em sua passagem de Pau Amarelo para Olinda, a trincheira do rio Doce foi conquistada pelos holandeses após heróica resistência de André Pereira Temudo.
Matias de Albuquerque organizou então diversas estâncias ou presídios militares para evitar a comunicação dos holandeses com o Interior. Uma dessas estâncias situava-se no Rio Doce. Foi atacada ao amanhecer dom dia 16 de outubro de 1630 por um contingente de 400 soldados de infantaria e 14 batedores a cavalo. Os nossos resistiram bravamente, causando grandes perdas ao inimigo que achou por bem bater em retirada. Esta data devia ser comemorada com festa por Olinda!
Mas a povoação do Rio Doce só veio surgiu a partir da evacuação holandesa em 1654, “no próprio local em que foi situada a sua estância.”
Sabemos que, em 21 de junho de 1704, houve uma “Carta Régia, aprovando o ato do Governador Dom Fernando Martins Mascarenhas de Lencastro, mandando abrir uma finta popular, para com o seu produto construir uma ponte no Rio Doce, junto à sua foz no Oceano, facilitando assim o trânsito público pelo litoral. A ponte, efetivamente foi construída; mas, anos decorridos, arruinando-se e caindo, recorreu a Câmara de Olinda ao governo da Metrópole pedindo a sua reconstrução; nada, porém, conseguiu, como se vê da Carta Régia de 5 de dezembro de 1738, em resposta.”
Com o desaparecimento da ponte, a povoação do Rio Doce, que já alcançava certo relevo, começou a decair. “Em 1830, contava apenas 109 fogos [residências]; mas hoje, talvez, nem mesmo conte umas 200 casas”, escreve Pereira da Costa por volta das primeiras décadas do século XX.
2. A CAPELA
“A povoação tem uma Capela dedicada a Santana, fundada em 1782 por Elias Francisco Bastos e sua mulher D. Maria do Ó, para a qual constituíram eles o seu competente patrimônio, constante de um sítio de coqueiros na própria localidade, por escritura pública lavrada e 23 de janeiro do mesmo ano [1782], o que tudo consta do respectivo processo de ereção da capela, que encontramos no arquivo da Câmara Episcopal de Olinda”, escreve Pereira da Costa (páginas 64 – 65).
CONCLUSÃO
O historiador pernanbucano assim conclui o relato sobre o Rio Doce:
“As terras da localidade, porém, divididas em diversos sítios, que pertenciam ao patrimônio do Colégio de Olinda, dos padres jesuítas, foram confiscadas em 1765, com a expulsão dos mesmos padres, e depois vendidos em hasta pública pelo governo”(pag. 66).
Observemos, no entanto, que, ao ser construída a Capela de Santana, o sítio patrimonial de que foi dotada, já pertencia ao casal Elias Francisco Bastos e Maria do Ó.
1. RIO DOCE – HISTÓRIA
Curta mas gloriosa a história do Rio Doce (Olinda). Baseio-me em Pereira da Costa, Anais Pernambucanos, V (1701 – 1739), páginas 64 -66.
O rio Doce é pequeno rio que nasce em terras do engenho Conceição do Meio, no município de Olinda. Deságua no mar após sua confluência com o rio Paratibe.
Em 1629, prevendo-se uma invasão holandesa de Pernambuco, Matias de Albuquerque fez levantar uma fortificação à margem direita do rio Doce, junto à foz. Mas, diante da notícia que uma frota holandesa já havia passado por Cabo Verde, interrompeu as obras e levantou uma forte trincheira. Dela ficou encarregado o Capitão André Pereira Temudo. Aconteceu ainda em fevereiro de 1630 a invasão inimiga. Em sua passagem de Pau Amarelo para Olinda, a trincheira do rio Doce foi conquistada pelos holandeses após heróica resistência de André Pereira Temudo.
Matias de Albuquerque organizou então diversas estâncias ou presídios militares para evitar a comunicação dos holandeses com o Interior. Uma dessas estâncias situava-se no Rio Doce. Foi atacada ao amanhecer dom dia 16 de outubro de 1630 por um contingente de 400 soldados de infantaria e 14 batedores a cavalo. Os nossos resistiram bravamente, causando grandes perdas ao inimigo que achou por bem bater em retirada. Esta data devia ser comemorada com festa por Olinda!
Mas a povoação do Rio Doce só veio surgiu a partir da evacuação holandesa em 1654, “no próprio local em que foi situada a sua estância.”
Sabemos que, em 21 de junho de 1704, houve uma “Carta Régia, aprovando o ato do Governador Dom Fernando Martins Mascarenhas de Lencastro, mandando abrir uma finta popular, para com o seu produto construir uma ponte no Rio Doce, junto à sua foz no Oceano, facilitando assim o trânsito público pelo litoral. A ponte, efetivamente foi construída; mas, anos decorridos, arruinando-se e caindo, recorreu a Câmara de Olinda ao governo da Metrópole pedindo a sua reconstrução; nada, porém, conseguiu, como se vê da Carta Régia de 5 de dezembro de 1738, em resposta.”
Com o desaparecimento da ponte, a povoação do Rio Doce, que já alcançava certo relevo, começou a decair. “Em 1830, contava apenas 109 fogos [residências]; mas hoje, talvez, nem mesmo conte umas 200 casas”, escreve Pereira da Costa por volta das primeiras décadas do século XX.
2. A CAPELA
“A povoação tem uma Capela dedicada a Santana, fundada em 1782 por Elias Francisco Bastos e sua mulher D. Maria do Ó, para a qual constituíram eles o seu competente patrimônio, constante de um sítio de coqueiros na própria localidade, por escritura pública lavrada e 23 de janeiro do mesmo ano [1782], o que tudo consta do respectivo processo de ereção da capela, que encontramos no arquivo da Câmara Episcopal de Olinda”, escreve Pereira da Costa (páginas 64 – 65).
CONCLUSÃO
O historiador pernanbucano assim conclui o relato sobre o Rio Doce:
“As terras da localidade, porém, divididas em diversos sítios, que pertenciam ao patrimônio do Colégio de Olinda, dos padres jesuítas, foram confiscadas em 1765, com a expulsão dos mesmos padres, e depois vendidos em hasta pública pelo governo”(pag. 66).
Observemos, no entanto, que, ao ser construída a Capela de Santana, o sítio patrimonial de que foi dotada, já pertencia ao casal Elias Francisco Bastos e Maria do Ó.
3. A CASA E A CAPELA
A Casa anexa à Capla, forma um conjunto harmonioso com a mesma. Ambas são construções colonias setecentistas. Não sabemos em que época foram separadas.
Hoje, ambas fazem formam um complexo pastoral animado pelos francciscanos de Olinda e Recife. Há anos que tem à frente, como Capelão, Frei Huberto Brügger. OFM. Dele Frei José Milton acaba de receber um e-mail que aqui trancreve com a sua resposta:
From: fhbrug@hotmail.comTo: freimiltoncoelho@hotmail.comSubject: Pedido de algumas informações. Date: Thu, 20 Jan 2011 23:39:57 +0300
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Frei José Milton:
Paz e Bem!
Desculpe que estou perturbando a sua vida tranqüila de Ipojuca, mas preciso de algumas informações.
Houve uma troca das casas na década de 70. Nesta troca está também incluída a entrega da capela aos frades? A capela é nossa? Existem alguns documentos que falam sobre a doação ou entrega da capela? Na década de 80 houve uma reforma da capela e você intermediava com o Patrimônio. A capela é tombada?
O convento de Olinda tomava conta da casa, pelo menos nos últimos anos, porque então não da capela? Quem tinha durante o seu tempo a administração da capela e quem instituiu a administração atual?o da capela e quem instituiu a administraçlo menos nos ultimos
Como historiador você me pode dar talvez informações mais exatas. Ainda, uma vez, desculpe pelo este incômodo e, antecipadamente, meu agradecimento.
Frei Humberto, OFM.
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Frei José Milton:
Paz e Bem!
Desculpe que estou perturbando a sua vida tranqüila de Ipojuca, mas preciso de algumas informações.
Houve uma troca das casas na década de 70. Nesta troca está também incluída a entrega da capela aos frades? A capela é nossa? Existem alguns documentos que falam sobre a doação ou entrega da capela? Na década de 80 houve uma reforma da capela e você intermediava com o Patrimônio. A capela é tombada?
O convento de Olinda tomava conta da casa, pelo menos nos últimos anos, porque então não da capela? Quem tinha durante o seu tempo a administração da capela e quem instituiu a administração atual?o da capela e quem instituiu a administraçlo menos nos ultimos
Como historiador você me pode dar talvez informações mais exatas. Ainda, uma vez, desculpe pelo este incômodo e, antecipadamente, meu agradecimento.
Frei Humberto, OFM.
RESPOSTAS DE FREI JOSÉ MILTON
1)PREZADO FREI HUMBERTO:
O QUE EU SEI SOBRE A CAPELA DE SANT´ANA E A CASA:
O QUE EU SEI SOBRE A CAPELA DE SANT´ANA E A CASA:
A CAPELA SEMPRE FOI DOS FRADES, A PATIR DA CHEGADA DOS ALEMÃES RESTAURADORES DA PROVÍNCIA DA SAXÔNIA:. CONSTA NO ARQUIVO DO CONVENTO DE OLINDA UMA DECLARAÇÃO ASSINADO PELO PROVINCIAL FREI CORNÉLIO NEISES (1926 A 1931) QUE O SENHOR ARTUR LUNDRIGEN FEZ DOAÇÃO DA CAPELA AOS FRANCISCANOS DE OLINDA.
ENCONTREI UM LIVRO COM ATAS DO APOSTOLADO DA ORAÇÃO PERTENCENTE À CAPELA (COM DATA, SE NÃO ME FALHA A MEMÓRIA, MAIS OU MENOS DA SEGUNDA METADE DO SÉCULO XIX, EM QUE CONSTA QUE A CAPELA TINHA A ASSISTÊNCIA RELIGIOSA DA PARÓQUIA DE SÃO PEDRO DE OLINDA, ÀS PRIMEIRAS SEXTAS-FEIRAS DE CADA MÊZ, COM INTENSO MOVIMENMTO RELIGIOSO. HAVIA CATEQUESE, AS CATEQUISTAS SE MOVIMENTAVAM COMO VERDADEIRAS MISSIONÁRIAS PARA AS CAPELAS VISINHAS (POR EXEMPLO) CONCEIÇÃO DOS MÉDICOS (OU DO MÉDICO?), MARIA FARINHA, MARANGUAPE. A FESTA ME PARECE QUE ERA DO CORAÇÃO DE JESUS, À QUAL COMPARECIA O SR. BISPO, ENCERRANDO-SE COM TE DEUM COM MÚSICOS DE FORA. DAS ÚLTIMAS REUNIÕES DO APOSTOLADO DA ORAÇÃO JÁ PARTICIPARAM FRANCISCANOS RESTAURADORES, ENTRE ELES, FREI FERNANDO OBERBORBECK, EM 1904.000000000000000000000, O POVO AINDA HOJE GUARDA BOA RECORDAÇÃO DE FREI FILÓTEO SIEPMANN (QUE FOI PÁROCO DE OLINDA DE ABRIL DE 1923 A JUNHO DE 1925), QUE FALECEU FORA DA ORDEM, E MUITO SE DEDICOU À CATEQUESE DO RIO DOCE. PERGUNTE AOS MAIOS VELHOS (POR EXEMPLO, ÀS TIAS DE VERA, A DONA ZEFINHA, VIÚVA DE UM ANTIGO PESCADOR) QUE ELAS LHE DIRÃO COMO ERA ANIMADA A CAPELA NAQUELA ÉPOCA. AINDA HOJE HÁ PESSOAS QUE SE LEMBRAM DO DESABAMENTO DO CORO NUM DIA DE NATAL, DURANTE MISSA CELEBRADA POR FREI FERNANDO.
DIZEM QUE FOI UM MILAGRE NINGUÉM TER MORRIDO. QUANDO RESTAUREI O CORO, OS ENGENHEIROS OU ARQUITETOS DO CENTRO DE PRESERVAÇÃO DOS MONUMNTOS HISTÓRICOS DE OLINDA DESCOBRIRAM QUE A ESCADA DO CORO ORIGINALMENTE SE COMUNICAVA COM A CASA.
DIZEM QUE FOI UM MILAGRE NINGUÉM TER MORRIDO. QUANDO RESTAUREI O CORO, OS ENGENHEIROS OU ARQUITETOS DO CENTRO DE PRESERVAÇÃO DOS MONUMNTOS HISTÓRICOS DE OLINDA DESCOBRIRAM QUE A ESCADA DO CORO ORIGINALMENTE SE COMUNICAVA COM A CASA.
MAS A CASA SÓ PASSOU AOS FRANCISCANOS NO TEMPO EM QUE FREI OSVALDO LINN ERA RESPONSÁVEL PELA CAPELA. COMPROU-A A PROVÍNCIA FRANCISCANA DE SANTO ANTÔNIO DO BRASIL, REPRESENTADA PELO MINISTRO PROVINCIAL FREI WALFRIDO MOHON, A 15 DE JANEIRO DE 1976, AO SENHOR JOAQUIM DE ANDRADE LIMA, PROCURADOR DE UM DOS LUNDRIGAN, A QUEM A CASA PERTENCIA. PAGOU-A COM O DINHEIRO RECEBIDO PELA VENDA DA ANTIGA CASA DOS FRADES À SENHORA DONA MAÍZZIA CAMINHA VIEIRA DE MELO, QUE A COMPROU PELA QUANTIA DE CR$50.000,00 (CINCOENTA MIL CRUZEIROS) . NESTA TRANSAÇÃO, O ADVOGADO DOS FRANCISCANOS FOI O DR ANTÕNIO PEDRO BARRETO CAMPELO E O DE DONA MAÍZZIA, O DR. SEVERINO BARBOSA MARIZ. A DOCUMENTAÇÃO SE PROCESSOU NO CARTÓRIO 8° OFÍCIO DE NOTAS DE HÉLIO COUTINHO. TRATAVA-SE DE UM PROCESSO DE CESSÃO DE DIREITOS DE BENFEITORIAS, SENDO A OUTORGANTE CEDENTE A PROVÍNCIA FRANCISCANA DE SANTO ANTÔNIO DO BRASIL E A OUTORGADA CESSIONÁRIA MAÍZZIA C. VIEIRA DE MELO. ESTE FOI O CAMINHO ENCONTRADO PARA QUE A COMPRA E VENDA FOSSEM LEGALIZADAS UMA VEZ QUE OS FRANCISCANOS NÃO ENCONTRARAM DOCUMETAÇÃO DA COMPRA DO TERRENO ONDE CONSTRUÍRAM A SUA CASA A PARTIR DOS ALICERCES, TERRENO ESTE ADQUIRIDO A TÍTULO DE UMA DOAÇÃO VERBAL À SENHORA DONA MARIA ANA DA PAIXÃO, QUE MORAVA DE ESQUINA.
VALE SABER QUE DONA MAÍZZIA PAGAVA ALUGUEL A UM LUNDRIGAN PELA CASA ANEXA À IGREJA, MAS SÓ PASSAVA NELA ALGUNS DIAS DURANTE O ANO, QUANDO VINHA DE NAZARÉ COM SUA MÃE À PRAIO DO RIO DOCE. A CASA PERMANECIA FECHADA A MAIOR PARTE DO ANO. QUANDO FREI OSVALDO SOUBE QUE DONA MAÍZZIA ESTAVA TRATANDO DE COMPRAR A CASA DO LUNDRIGAN, LHE PROPÔS VENDER-LHE A DOS FRADES POR CR$50.000,00, JUSTAMENTE A QUANTIA QUE ELA IA PAGAR AO PROCURADOR DO LUNDRIGAN, E COM ESTE DINHIRO ADQUIRIR A CASA GRANDE ANEXA À IGREJA.
FOI BOM PARA DONA MAÍZZIA QUE JÁ SE PREOCUPAVA COM O TRABALHO QUE LHE DARIA UMA CASA TÃO GRANDE; E FOI BOM PARA OS FRANCISCANOS QUE SEMPRE SONHAVAM EM ADQUIRI-LA PARA OS FRADES E O SERVIÇO DA CAPELA.
DONA MAÍZIA CONTRAIU CASAMEBTO EM SEGUNDAS NÚPCIAS DELA COM O SR. JOÃO BATISTA. COM ELE VIVEU VÁRIOS ANOS NA ANTIGA CASA DOS FRADES QUE PASSOU POR UMA GRANDE REFORMA. ERAM MUITO ESTIMADOS EM RIO DOCE E PARTICIPAVAM ATIVAMENTE DA CAPELA DE DE SANTANA. FOI GRAÇAS A DONA MAÍZZIA QUE A IMAGEM DE NOSSA SENHORA DO SAGRADO CORAÇÃO FOI ARTISTICAMENTE RESTAURADA. POR MOTIVO DE SAÚDE DO SR. JOÃO BATISTA, MUDARAM-SE PARA OS AFLITOS ONDE HOJE VIVEM. A CASA AINDA LHES PERTENCE E SE ACHA ALUGADA.
RIO DOCE, UM DOS PRINCIPAISN CENTROS DOTRABALHO SOCIAL DOS FRANCISCANOS
PODEMOS DIZER QUE FOI DO TRABALHO SOCIAL DESENVOLVIDO POR FREI OSVALDO NA CAPELA DO RIO DOCE, NO AMARO BRANCO, NO AMPARO E NO JATOBÁ QUE NASCEU O HOSPITAL DO TRICENTENÁRIO. A ESCOLA DO RIO DOCE ERA NUM TERRENO QUE PERTENCIA AOS FRADES. PARTE DESSE TERRENO EU COMPREI PARA CONSTRUIR A ATUAL ESCOLA QUE ERA DIRIGIDA PELOS CASAIS QUE ME AJUDAVAM (PRINCIPALMENTE POR GODOFRED (FRADE FORA DO MINISTÉRIO) E ESPOSA. ESTA ESCOLA NÃO É DA PROVÍNCIA, MAS DA COMUNIDADE DA CAPELA DE SANTANA. PARA ISTO FOI CRIADA UMA SOCIEDADE, " AMMO" (ASSOCIAÇÃO DOS AMIGOS DOS MENINOS DE OLINDA.) INFELIZMENTE O M. PROVINCIAL FREI AFONSO NÃO PERMITIU QUE NÓS REGISTRÁSSEMOS A ASSOCIAÇÃO PARA QUE FOSSE RECONHECIDA PERANTE A SECRETARIA DE EDUCAÇÃO DO ESTADO.
Na manhã dia 07 de setermbro (?) de 1999, reuniram-se na Casa da Capela Frei José Milton e vários membros dfa comunidade de Santana, entre eles os casais Madalena e Aloísio, Fátima e Carlos, Conceição e Edmundo, Matilde e Antõniol e os senhores Cavalcanti, Ademir, Iomar com a finalidade de refletir sobre a realidade local, à luz da palavra de Deus, a partir de um trecho do Profeta Jeremias. Qual a culpa que temos nos fatos negativos de nossa realidade? Como amar concretamente? Como mudar as coisas com paciência e coragem? A importância da autenticidade de vida... A pedagogia de Cristo... A partilha dos valores... Cultura da participação...Como conseguir eficácia e eficiência na ação.... O papel da Muilher e da Juventude. Importância da Criança. Vimos a necessidade de criar, a partir do que tínhamos, as seguintes Diretorias: De Pastoral - de Relações Institucionais - de Administração - de Evangelização.
Na manhã dia 07 de setermbro (?) de 1999, reuniram-se na Casa da Capela Frei José Milton e vários membros dfa comunidade de Santana, entre eles os casais Madalena e Aloísio, Fátima e Carlos, Conceição e Edmundo, Matilde e Antõniol e os senhores Cavalcanti, Ademir, Iomar com a finalidade de refletir sobre a realidade local, à luz da palavra de Deus, a partir de um trecho do Profeta Jeremias. Qual a culpa que temos nos fatos negativos de nossa realidade? Como amar concretamente? Como mudar as coisas com paciência e coragem? A importância da autenticidade de vida... A pedagogia de Cristo... A partilha dos valores... Cultura da participação...Como conseguir eficácia e eficiência na ação.... O papel da Muilher e da Juventude. Importância da Criança. Vimos a necessidade de criar, a partir do que tínhamos, as seguintes Diretorias: De Pastoral - de Relações Institucionais - de Administração - de Evangelização.
Foi de reflexões, estudos e oração que nasceu a AMMO e Escola.
Havia o projeto de construir dentro dos muros que, com ajuda financeira de Frei Beda, e aprovação do Governo da Província, Fr. José Miltou levantou ao redor do terreno doado pela Prefeiturta de Olinda à Província Franciscana de Santo Antônio, várias obras sociais me catequéticas, como por exermplo: sede para o AA, horta para o cultivo de verduras e plantas medicinais pelas crianças, um galpão para celebrações e eventos em dias de especiais... Tudo isso foi por terra com a transferência de Fr. José Milton para Penedo em princípios de 2000. O Visitador Geral tinha garantido à Comunidade que mesmo se acontecesse a transferência de Frei José Milton com o Capítulo a ter lugar em Ipuarana no mês de janeiro, o projeto Rio Doce não sofreria soluçao de continuidade, pois contaria com o apóio do guardião de Olinda. Tanto Frei José Milton como a Comunidade do Rio Doce ficaram muito contentes com esta perspectiva. O contrário foi o que sucedeu, chegando ao fechamento da Casa por muito tempo e a dispersão das pessoas realmente comprometidas com o trabalho e que esperavam a criação de um novo espírito comunitário na cansada Capela do Rio Doce. Mas quis a Providência Divina que uma nova vida surgisse das ruínas e a semente lançada (mas que não havia morrido) começasse a dar frutos, com a chegada de Frei Humberto Brügger. Fr. José Milton poderia dizer com São Francisco: eu fiz a minha parte, chegou a hora de vocês! Para a maior glória de Deus.
QUANTO AO TOMBAMENTO DA CAPELA:
CONSTA NO LIVRO DE CRÔNICAS DO CONVENTO DE OLINDA QUE A CAPELA É TOMBADA. O ARQUITETO DR. JORGE PASSOS E A ARQUITETA DÉBORA, NA ÉPOCA DA RESTAURAÇÃO DA CAPELA, RESPONSÁVEIS PELO CENTRO DE PRESERVAÇÃO DOS SÍTIOS HISTÓRICOS DE OLINDA, SÃO AS PESSOAS QUE PODEM MELHOR INFORMAR. O TOMBAMENTO NÃO FOI JUNTO AO IPHAN. POR ORA, É ISSO QUE TENHO A DIZER, DE MEMÓRIA, SEM CONSULTAR DOCUMENTOS.
MAS, BUSCANDO NA INTERNET "OLINDA, PATRIMÔNIO HISTÓRICO E CULTURAL DAM HUMANIDADE", ENCONTRAMOS:
"CAPELA DE SANTANA DO RIO DOCE - Tombada, em 1982, como Patrimônio Histórico Mundial, integrando-se ao conjunto histórico-arquitetônico de Olinda. Praça Marcílio Dias (beira-mar)."
COM UM ABRAÇO FRATERNO,
FREI JOSÉ MILTON
FREI JOSÉ MILTON
2) Frei Milton
Enviada:
sexta-feira, 21 de janeiro de 2011 5:49:25
Para:
fhbrug@hotmail.com
PREZADO FREI HUMBERTO: VOU TRANSCREVER PARA VOCÊ UM PEQUENO TRECHO DO MEU LIVRO SOBRE FREI CASIMIRO BROCHTRUP QUE AINDA NÃO FOI PUBLICADO. TRATA-SE DE ALGUMAS CONSIDERAÇÕES SOBRE O TRABALHO SOCIAL DOS FRANCISCANOS, NA MESMA LINHA QUE INSPIROU FREI CASIMIRO NO SEU TRABALJHO DA MISSÃO PERMANENTE EM SANTO AMARO E CAMPO GRANDE. O QUE ESCREVE FREI MARTINHO É UMA LIÇÃO PARA NÓS HOJE E FOI ASSUNTO DO E-MAIL QUE HÁ POUCO LHE MANDEI SOBRE A CAPELA E A CASA DO RIO DOCE:
UMA CARTA REVELADORA
Em carta de 2 de agosto de 1952, Fr. Martinho Limper, OFM,[1] expõe ao Ministro Provincial Fr. Vicente Senge, a pedido do Pe. Guardião Fr. Agostinho Tepe, a sua opinião pessoal sobre a proposta de divisão da Freguesia de Olinda, confiada aos franciscanos. Precisamente pelo que esse documento revela do engajamento social franciscano nas áreas mais carentes de Olinda, é que ouso transcrevê-lo quase que integralmente:
" [...] A meu ver, não devíamos entregar nem a freguesia a ser criada no Bairro Novo, nem a freguesia de São Pedro, nem a Capelania de Salgadinho.
1. Quanto à nova freguesia do Bairro Novo
É a freguesia, onde mantemos as obras de assistência social como sejam a Escola do Sagrado Coração de Jesus e os Ambulatórios do Instituto Ação Social localizados na praia do Rio Doce, no Distrito do Amaro Branco e no Jatobá que ainda está em construção. Por este motivo nunca devíamos deixar de aceitar esta freguesia, motivo aliás sempre alegado também a favor de Salgadinho.
2. Quanto à freguesia de São Pedro
Embora esta freguesia fosse administrada por um padre secular, os nossos trabalhos seriam os mesmos, uma vez que o vigário seria absorvido totalmente pelos serviços da Matriz de São Pedro e os Padres Beneditinos não podiam estender mais o raio de ação, encarregados já dos serviços religiosos nas capelas dos Milagres, de S. José dos Pescadores, do Monte, do Colégio de Santa Teresa e do Abrigo de Nossa Senhora de Lourdes. Além disso, evitar-se-iam muitos aborrecimentos, ficando a freguesia aos nossos cuidados.
3.Quanto à igreja de Salgadinho
É uma fundação franciscana, onde mantemos [S1] grandes obras sociais. A Província devia pedir ao Ex.mo Sr. Arcebispo fosse ereta no Salgadinho uma freguesia à parte e abrir uma Residência com dois padres, adquirindo ao mesmo tempo terreno suficiente (o que por ora não seria muito difícil) para uma futura construção que servisse não para casa de formação dos estudos filosóficos, pois Olinda servirá ainda por muito tempo para este fim, mas para sede do Provincialado ou para outros empreendimentos, como p. ex., tipografia ou outras obras sociais." [2] (Grifos nossos)
O I Livro de Crônica do Convento de N. Senhora das Neves (ou de S. Francisco), de Olinda, guardou, para a História, valiosos registros do apostolado social dos franciscanos naquela cidade. Em traços muito rápidos, vão aqui alguns acontecimentos que marcaram a presença dos filhos de S. Francisco na Marim dos Caetés, na continuação do espírito missionário dos primeiros filhos de S. Francisco que aqui demandaram oficialmente aos 12 de abril de 1585 para tomar posse do primeiro convento franciscano do Brasil. O convento fora construído para eles, desde 1577, pela catequista dos índios, a Terciária regular franciscana Maria da Rosa,[3] viúva de Pedro Leitão, animada pela presença do frade capucho português, Fr. Álvaro da Purificação.[4]
Pela carta de Fr. Martinho Limper ao Governo da Província, em 1952, vemos que os frades de Olinda se comprometiam a levar à frente um Serviço Social de grande envergadura.
[1] Apud Notícias, Ano XIX, N.º 2, abril de 1971, p.2: “O Governador de Pernambuco, Dr. Nilo Coelho, antes de entregar o Governo a seu sucessor, conferiu a “Medalha Pernambucana do Mérito, Classe Ouro”, a várias personalidades de Pernambuco, entre elas, Frei Martinho Limper, OFM, Frei Damião, OFM CAP. e Pe. Bragança, SJ, “pelos relevantes serviços prestados a Pernambuco”.
[2] Apud Arquivo Provincial Franciscano, Caixa “Olinda”: Pasta II: 1938-1954.
[3] JABOATÃO, Fr. Antônio de Santa Maria -, Novo Orbe Seráfico Brasílico, Rio de Janeiro, 1858, I Parte, Vol. II, Cap. IX, p. 28; ibd. I Parte, Vol. II, Livro I, cap. V, 120, pp. 135 ss.
[4] JABOATÃO, Fr. Antônio de Santa Maria -, op. cit. Livro I, principalmente do I ao VII Capítulos, ítens de 103 a 153, das pp. 115 a 172.
FRATERNALMENTE,
FR. JOSÉ MILTON
Linda e abençoada história.
ResponderExcluirPude me identificar com os personagens do passado das minhas aulas de História do estado de Pernambuco e de seus Municípios. E também da história mais recente Sec XX da família Lundgren (família sueca que se estabeleceu através de seu patriarca na região do atual município de Paulista, que na ocasião ainda era um distrito de Olinda).
Maiores informações sobre a família Lundgren no Wikipédia (link abaixo):
https://pt.wikipedia.org/wiki/Herman_Theodor_Lundgren
Paz e Bem!!
Me estimulou pesquisar sobre esta encantadora capela, pois exatamente no dia de hoje frequentei e participei de uma linda e maravilhosa missa no interior da mesma.
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